Brasil e Reino Unido lideram desenvolvimento de Normas Internacionais (ISO) para o Turismo de Aventura

Membros do Comitê Técnico de Turismo da International Organization for Standartization  (ISO) - TC 228 – Tourism and related services - se reuniram entre os dias 20 a 25 de maio em Seul, na Coreia do Sul, para discutir mais uma etapa do processo de criação de um Sistema Internacional de Normas para o segmento de Turismo de Aventura. A proposta liderada por Brasil e Reino Unido foi avaliada por todos os países que integram o TC 228 e, com algumas alterações, seguiu para a próxima fase: análise de todos os membros da ISO.
Para o coordenador de normalização da
ABETA, Leonardo Persi, a reunião em Seul foi bastante positiva. “A Norma Técnica sobre Sistema de Gestão da Segurança (SGS), inspirada no texto da nossa Norma, foi aprovada pelos membros do TC 228 com poucas considerações. Isso reflete a posição de destaque que o Brasil ocupa nesta discussão”. E completa: “Isso significa que as empresas brasileiras que já implementaram seu SGS em conformidade com a NBR 15331 estão um passo à frente rumo a uma futura certificação internacional”.
Como resultados concretos da reunião, durante seis meses os textos de duas Normas Técnicas propostas – Sistema de Gestão da Segurança e Informações Mínimas a Clientes – ficam em análise por todos os países-membro da ISO. Depois disso, as considerações e os votos são enviados para a Secretaria Técnica do WG7 - Grupo de Trabalho do Turismo de Aventura dentro do TC 228. A Secretaria compila esses dados para apresentá-los na próxima reunião, marcada para maio de 2013, em Portugal.
“A conquista foi grande. Se as coisas continuarem neste ritmo, até o final de 2013 teremos duas Normas Internacionais e um Relatório Técnico de Condutores de Turismo de Aventura publicados no âmbito da ISO”, comemora o chairman da Secretaria Técnica do WG7, Daniel Spinelli.
Entenda melhor – Dentro da ISO existe um Grupo de Trabalho específico para discutir a normalização internacional do Turismo de Aventura, o WG7. O objetivo é criar um conjunto de Normas Técnicas internacionais que sirvam de referência para o mercado global.
Em 2009 foi criada uma espécie de Projeto de Norma (draft) - o pontapé do processo de elaboração das Normas Técnicas internacionais. Para isso, o WG7 utilizou como base três Normas Técnicas brasileiras e uma britânica.
A Secretaria Técnica do WG7 é composta por dois convenors (espécie de delegados) que são neutros, ou seja, não representam os interesses de nenhum país em específico. São eles que analisaram as considerações entregues pelos países participantes e encaminham para as etapas seguintes.
Inicialmente, o texto foi apresentado aos países que integram o WG7. Todos tiveram um prazo para revisar o conteúdo e enviar comentários sobre os drafts para a Secretaria Técnica. Algumas reuniões foram realizadas para discutir pontos de divergência e construir os textos relativos a cada etapa.
Depois de debatidos entre os membros do WG7, nesta última reunião os textos foram encaminhados para todos os países que integram o Comitê Técnico de Turismo – TC 228. A próxima etapa é consultar todos os membros que compõe a ISO, ou seja, todos os países participantes da ISO serão consultados.
Para serem publicadas como Normas Técnicas Internacionais, é preciso ainda contar com a aprovação de todos os membros da ISO e, na sequência, da Secretaria Central da ISO. A previsão de encerramento deste processo é em 2014.
Fonte: ABETA
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